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Primeiro mês com o meu bebê

Hoje (9 de agosto), minha Clarinha completa um mês de vida. Parece que foi ontem que meu bebê chegou ao mundo, mas ao mesmo tempo, parece que já vivemos uma vida inteira de emoções. Esses primeiros 31 dias passaram como um piscar de olhos, e foram cheios de desafios, aprendizados e um amor que só cresce. 

Desde o primeiro momento no hospital, parece que minha vida mudou por completo. É até clichê dizer isso, né?! Mas esse foi o sentimento. No início, foi tudo novo e intenso, e a expectativa se misturava com o medo e a alegria. Mesmo com a felicidade de ter a Clarinha nos braços, foram dias difíceis. 

Segundo dia de vida da Clara

A cesariana me deixou fisicamente limitada, como já era esperado, porém não imaginava que fosse me derrubar tanto. Talvez porque eu não ficava imaginando como tudo isso seria para não sofrer antes da hora. Mas o bagulho foi doido! Lembro de me arrastar pelos corredores, mal conseguindo dar pequenos passos e benzadeus, que frustração, sério! Eu uma pessoa toda ativa me ver naquela situação, sentindo muita dor e fazendo inúmeras manobras para, ao menos, conseguir levantar daquela cama foi muito difícil pra mim. 

Ao andar pelos corredores e ir ao banheiro eu via outras mães comentando sobre seus dois ou três filhos e aquilo só aumentava minha frustração. Pensava: “Como elas conseguem? Será que algum dia vou querer passar por isso de novo?” Naquele momento, a ideia de ter outro filho parecia impossível.

Pés inchados pós parto

Felizmente, eu não estava sozinha. Minha mãe e o pai da Clarinha estiveram ao meu lado o tempo todo, e sei que sem eles, tudo teria sido ainda mais difícil. Eles foram minha força quando a minha própria parecia ter se esgotado. Mas, mesmo com esse apoio incondicional, enfrentei momentos de medo. Por duas vezes, ainda no hospital, o medo de ficar sozinha com a Clarinha me tomou por completo. Era um sentimento que eu não sabia como lidar, algo tão intenso que parecia uma loucura.

Depois de 3 dias no hospital e de subir os intermináveis degraus até a porta da minha casa, o choro foi inevitável. Os últimos dias tinham sido desgastantes, desafiadores e ao chegar aqui o alívio bateu e bateu forte. Chegamos e tudo mudou. A casa se encheu de vida, de novos sons, novos cheiros e uma energia única. Aquele choro suave, os primeiros olhares curiosos… Cada detalhe ficou bem gravado aqui em minha memória. 

Dia em que chegamos em casa

Estar em casa com minha filha era o que eu mais queria, mas a frustração de não poder ajudar com as tarefas diárias, de ver minha mãe fazendo tudo enquanto eu mal podia me mexer, me fez sentir impotente. Foi um começo complicado, os primeiros dias em casa foram marcados por uma enxurrada de emoções. Me peguei chorando diversas vezes, sem nem entender o motivo. O cansaço intensificava tudo, e eu sentia a preocupação da minha mãe. Ela tentava entender, mas eram momentos que eu mesma não conseguia explicar.

Nos primeiros 21 dias, minha rede de apoio continuou ao meu lado, cuidando de tudo para que eu pudesse focar apenas na Clarinha. Essa ajuda fez toda a diferença. Com eles, tive o tempo e a tranquilidade que precisava para me conectar com minha filha e entender meu novo papel. Esses dias foram essenciais para me fortalecer, especialmente para o momento em que ficaríamos sozinhas em casa. E quando esse momento chegou, eu me senti pronta pra isso. Pronta para ter o nosso momento. Pronta para os perrengues que estavam por vir e certa de que eu teria que continuar me cuidando e pegando leve para conseguir cuidar dela.

Estamos vivendo um dia de cada vez. Há dias em que lavar o cabelo parece uma vitória, e lembrar de escovar os dentes só acontece no fim da tarde. Às vezes, me sinto perdida, sem saber se devo dormir quando ela dorme ou tentar adiantar algo na casa. Ocasionalmente as cobranças aparecem “meu Deus, não consegui fazer nada hoje”, mas estou aprendendo que está tudo bem assim, que cada pequeno passo é uma conquista e por aqui estamos comemorando e muito esses feitos.

Além disso, este primeiro mês foi marcado por muitas visitas ao médico. O certo seria ir na consulta de 7 dias e depois só na de 30, mas como Clara perdeu muito peso nos primeiros dias, precisamos monitorar isso de perto. Cada vez que ela subia naquela balança, a expectativa era enorme. E quando apareciam aquelas gramas a mais, era uma vibração e alívio que não cabiam em mim. Esse foi um capítulo à parte, que vou contar com mais detalhes em um próximo texto.

É, galera… Clarinha me ensina algo novo todos os dias, principalmente sobre paciência. Nada acontece mais no meu tempo, agora tudo é no tempo dela. Tentar acelerar o processo das coisas só faz com que eu precise recomeçar. A rotina agora é ditada por ela, por seus horários e necessidades. E, sinceramente, não sei se estou fazendo tudo certo ou errado, mas sei que estamos nos entendendo, e isso é o que importa.

Esses dias, algumas pessoas me perguntaram se estou sendo e se já me sinto uma mãezona. A verdade é que ainda não tive tempo para pensar nisso. Quando me olho no espelho com a Clarinha nos braços, mal consigo acreditar que sou mãe. Talvez porque eu imaginava que tudo seria diferente. Mas, a realidade, é que as coisas fluem naturalmente. Às vezes parece ser tudo tão simples, tão fácil. Faço o que sinto que precisa ser feito, e pronto. Agora se está certo ou errado aí já é outra história.

Só sei que ver a Clarinha crescendo tão rápido me deixa maravilhada. Um dia, ela só mamava e dormia, no outro, já estava atenta a tudo ao seu redor. Meu Deus, que loucura tudo isso. Em cada troca de olhares e sorrisos, vejo muito de mim nela, e isso é mágico. Pensar que esse serzinho esteve dentro de mim, que meu corpo dá sinais quando chega a hora dela mamar, me faz perceber o quanto estamos conectadas de uma forma que nem consigo descrever.

Primeiro mês da Clara

Este é apenas o começo de uma vida inteira, e mal posso esperar para ver o que o próximo mês nos reserva. Quer acompanhar de pertinho cada descoberta, sorriso e desafio? Segue a gente no Instagram e venha viver conosco esses momentos únicos.

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