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Será que a gestação me transformou?

Quero aproveitar o dia da gestante, 15 de agosto, para te contar uma história. Uma história que começou com um baita de um susto, mas que foi se transformando em algo mágico, cheio de amor e descobertas. Vamos lá?

Tudo começou com um grande espanto. É, aquele teste de gravidez positivo parecia surreal. Mesmo que eu já sentisse que algo estava diferente, a última coisa que queria era fazer o teste. A realidade me assustava; queria acreditar que tudo não passava de coisa da minha cabeça.

Mas quando o relógio bateu 22h22, daquele sábado, criei coragem. Pensei: “vai dar negativo”, e fui lá, encarar o teste. A verdade é que eu nem sabia direito como ver se o resultado era positivo ou negativo. Mas quando apareceu o sinal de “+”, meu mundo desabou. 

Vi todos os meus planos e sonhos se esvaindo. Eu estava cheia de planos, e, de repente, me vi diante de uma realidade completamente nova. “O que vai ser da minha vida agora?”. Essa pergunta martelava na minha cabeça. Por um momento, achei que teria que abrir mão de todos os meus sonhos. Ser mãe não estava nos meus planos, e eu não me sentia pronta; me senti totalmente perdida.

Mas ali, ao meu lado, estava o pai da Clara, me segurando firme, com um sorriso no rosto. Ele ficou tão feliz que, mesmo sem saber direito como seria o futuro, me olhava como quem diz: “está tudo bem, eu estou aqui.” E vou te dizer, esse apoio foi fundamental, mesmo com toda aquela confusão na minha cabeça. Benzadeus, aquilo fez toda a diferença.

Nos primeiros dias, minha mente estava a mil. Eu me perguntava o que pessoas iriam dizer, como a minha família reagiria, e se iriam começar a me olhar de forma diferente. O medo do julgamento era palpável e a insegurança tomou conta de mim. Até o dia em que surtei e percebi que precisava colocar aquilo pra fora.

Então, corri para os braços da minha mãe e da minha tia, as primeiras a saberem da novidade. Era delas que eu precisava naquele momento. E, apesar do susto inicial, elas me acolheram com compreensão e um apoio incondicional. Foi o que me deu forças para seguir em frente.

Mesmo com todo esse carinho, aceitar que eu estava grávida foi um processo longo. Precisei de ajuda para entender e acolher tudo o que estava acontecendo dentro de mim, e a terapia foi uma companheira fundamental nesse momento. Cada sessão era um passo em direção à aceitação. Aos poucos, fui ganhando coragem para compartilhar a notícia com mais pessoas, e, para cada pessoa que eu contava, algo dentro de mim se fortalecia.

Foi como se, a cada conversa, eu deixasse o medo e a insegurança para trás, e ganhasse a certeza de que tudo aquilo tinha um propósito. A terapia me ajudou a ver que o que realmente importa não é o que os outros pensam, mas sim reconhecer o amor e o apoio das pessoas que estão ao nosso lado, dispostas a caminhar com a gente, independentemente das circunstâncias.

Com o tempo, fui descobrindo a magia da gestação. Benzadeus, como o nosso corpo é perfeito. Ele se adapta, se transforma, se molda para receber um novo ser. E a cada mudança no meu corpo, eu me olhava no espelho e só pensava em como era lindo tudo aquilo. 

Os primeiros movimentos, que senti, foram sutis, quase imperceptíveis, mas eu fiquei curiosa, querendo entender o que estava acontecendo aqui dentro. Depois vieram os chutinhos, e cada um deles era uma lembrança de que uma vida estava sendo formada. Meu Deus, uma vida!! Foi lindo viver tudo isso e sentir essa conexão tão forte. 

E, por mais que o começo tenha sido difícil, a tranquilidade foi tomando conta de mim. Pois é, eu, que sempre fui meio ansiosa, me vi num estado de paz que nunca tinha experimentado antes. E sabe o que é mais incrível? Acho que essa tranquilidade passou pra Clara. Ela é um bebê tão calmo, tão sereno, desde o seu primeiro dia. Acredito que ela sentiu a paz que eu estava sentindo e veio ao mundo nesse mesmo ritmo. E que continue assim (risos).

Mas a nossa conexão é algo que não consigo colocar em palavras. Parece que ela me entendeu, sabe? Ela entendeu todo o meu processo, minhas inseguranças, meus medos, e só resolveu chegar quando eu estava realmente pronta para recebê-la. E que chegada mais perfeita! Em breve contarei mais sobre esse momento, eu prometo!

Outra coisa que aprendi durante a gestação foi a importância de pedir ajuda. É, acho que eu precisava disso. E benzadeus, como foi importante ter uma rede de apoio ao meu lado! No começo, eu achava que precisava ser forte o tempo todo, mas logo entendi que não era fraqueza pedir ajuda e ter com quem contar. Na verdade, é um sinal de força reconhecer que não precisamos enfrentar tudo sozinhas.

Minha família, meus amigos, todos estiveram ao meu lado, e isso fez toda a diferença. A cada palavra de incentivo, a cada gesto de carinho, eu me sentia mais preparada, mais capaz de encarar essa nova fase da minha vida. E aos poucos, fui percebendo que ser mãe não significava abrir mão dos meus sonhos. Pelo contrário, eu poderia realizar todos eles, só que agora com a Clara ao meu lado. 

Olhando para trás, vejo o quanto tudo isso me transformou. Foi um processo de amadurecimento, de aprender a aceitar o inesperado e confiar no tempo certo das coisas. E, acima de tudo, de acreditar que tudo acontece por um motivo.

Às vezes, me pego pensando e chego até me arrepender um pouco de não ter saído gritando aos quatro ventos essa notícia tão maravilhosa logo de cara. Mas sei que cada coisa aconteceu no tempo certo. Cada passo foi necessário para que eu me tornasse a pessoa que sou hoje.

Se tem algo que gostaria de compartilhar com outras futuras mamães, é isso: confie no processo, abrace cada mudança e aceite o apoio de quem te ama. Porque, no final, tudo se encaixa de uma forma linda e perfeita. E acredite, é mesmo mágico ter um serzinho crescendo dentro de você. Com amor e apoio, você vai perceber que pode realizar todos os seus sonhos e, ao mesmo tempo, ser a melhor mãe que seu filho poderia ter. 

Hoje Clarinha completa 36 dias de vida e se você quiser acompanhar de perto essa nossa fase, cheia de descobertas e amor, vem me seguir no Instagram. Nós vamos adorar compartilhar os nossos momentos com você!

2 Comentários

  • Rogério Figueira

    “Será” que você mudou? É Claro que jamais imaginei essa sua mudança tão radical. Realmente foi um “processo”, mas as coisas foram se ajeitando aos poucos. E hoje, Carol, tenho um orgulho imenso do que você se tornou, embora a Clara tenha apenas 36 dias. Obrigado por ser a mamãe mais incrível que nossa filha poderia ter. E tenho certeza de que período é só o começo da jornada mais linda da vida. Obrigado por tudo.

  • ELAINE M CERVANTES

    Realmente muitas mudanças aconteceram durante esses nove meses e hoje vendo o sorriso das princesas tenho certeza que vcs serão muitos felizes juntas e juntas realizarão todos seus sonhos. Sou muito feliz por vc e sei que a Clarinha tem uma mãe incrível. Amo vcs❤️

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