
Nascemos – episódio 5: o início do grande dia
9 de julho.
O dia começou gelado. Bem gelado. E eu não pude tomar meu café da manhã e vocês já sabem que o café, pra mim, é um verdadeiro ritual.
Sou do time do cafezão reforçado, do cheirinho espalhado pela casa, da caneca quente entre as mãos. Mas naquela manhã, nada disso aconteceu. Jejum total. E um frio de bater o queixo.
Ainda assim, meu coração estava calmo.
Na noite anterior, senti a minha primeira contração de verdade. Doeu. Me atravessou. E na hora eu soube: é diferente.
Até então, só tinha sentido aquelas contrações de treinamento, leves, passageiras… mas essa foi diferente. Forte. Clara.
Acho que foi ali que o meu corpo sussurrou pra mim: “tá chegando.”
Apesar da dor, senti alívio. Era como se, depois de tantos sinais sutis, agora o meu corpo e o meu bebê estivessem finalmente prontos.
No dia anterior, confesso que fiquei mais nervosa. A ideia de ir para a maternidade sem saber o que aconteceria me tirou totalmente do eixo. Mas ali, no dia 9, já era diferente.
Eu estava entregue. Serena. Confiante.
Sabia que o que quer que acontecesse… seria no tempo certo.
Lembro de respirar fundo, olhando o céu cinza pela janela, e pensar:
“É hoje. Benzadeus, é hoje.”
O pai dela me acompanhou. Fomos juntos pra maternidade no amanhecer. No carro, os vidros embaçados, muita chuva…
E aquela sensação de que, quando voltássemos, tudo seria diferente.
Eu estava indo encontrar o amor da minha vida.
Mas ainda não sabia que ela mudaria cada parte de mim.
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