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Agosto Dourado: vamos falar sobre amamentação?

Agosto chegou com seu tom dourado, cheio de significado e cuidado. É tempo de voltar os olhos para o começo da vida e para tudo o que nutre: o corpo, o vínculo, o afeto.

Se você, assim como eu, está mergulhada no universo da maternidade, sabe o quanto a amamentação pode ser potente e desafiadora. Por isso, essa campanha é tão necessária. Em 2025, o tema da Semana Mundial da Amamentação (de 1º a 7 de agosto) é:

“Priorizemos a Amamentação: Construindo Sistemas de Apoio Sustentáveis”

Sim, é um tema global, mas que fala direto com a nossa rotina: ele propõe que amamentar seja tratado como um ato coletivo, e não apenas uma decisão individual. Porque sim, é a mãe que amamenta, mas o mundo ao redor pode (e deve!) apoiar.

Por que a amamentação é tão importante?

Amamentar salva vidas. De acordo com a OMS, o aleitamento materno pode reduzir em até 13% as mortes infantis evitáveis. Além disso:

  • Previne infecções respiratórias e gastrointestinais;
  • Favorece o desenvolvimento neurológico do bebê;
  • Fortalece o vínculo mãe e filho;
  • Diminui o risco de câncer de mama e ovário na mulher;
  • Contribui para o meio ambiente, afinal, o leite materno é natural, local e livre de embalagens.

E como está o Brasil nessa história?

A boa notícia é que o Brasil tem avançado, mas ainda não chegou onde precisa. Veja os dados mais recentes:

  • 45,8% dos bebês são amamentados exclusivamente até os 6 meses;
  • A média nacional de duração da amamentação é de 16 meses;
  • A meta da OMS é alcançar 50% de aleitamento materno exclusivo até o 6º mês até o fim de 2025.
  • No Brasil, a meta é ainda mais ousada: 70% até 2030.

Estamos melhor do que no passado (em 1986, eram apenas 2,9% de amamentação exclusiva), mas ainda temos um bom caminho a percorrer.

O que o governo tem feito em 2025?

Para fortalecer essa jornada, o Ministério da Saúde anunciou:

  • Um investimento de R$ 40,6 milhões na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano;
  • Reforço em 226 unidades para melhorar a coleta, o armazenamento e o atendimento às mães lactantes;
  • Integração da amamentação com ações como o Movimento Parto Adequado e o envio de leite materno para regiões em situação de emergência, como vimos nas enchentes no RS.

É uma mobilização que reconhece: apoiar a amamentação é apoiar o futuro.

E como você pode fazer parte disso?

Você não precisa ser mãe para fazer parte dessa causa. Aqui vão algumas formas de apoiar:

  • Incentivar e acolher mães lactantes sem julgamentos;
  • Criar ambientes que respeitem o tempo da amamentação: em casa, no trabalho, em espaços públicos;
  • Compartilhar informações corretas sobre aleitamento;
  • Doar leite materno (mesmo pequenas quantidades fazem diferença para bebês prematuros);
  • E, claro, falar sobre o tema. Conversar já é um ato de cuidado.

Por aqui…

Amamentar a Clarinha foi um misto de aprendizado e entrega. Teve noites difíceis, adaptação, cansaço, muita busca por apoio… mas também teve olho no olho, aconchego e um sentimento de conexão que não dá pra colocar em palavras.

Por isso, o Agosto Dourado é tão especial pra mim. Não é sobre romantizar a maternidade, mas sobre valorizar aquilo que ela tem de mais potente: o cuidado com o outro desde o comecinho da vida.

Se você está passando por essa fase, saiba: você não está sozinha.

Vamos juntas?

Compartilha esse post, leva a conversa pra sua rede e, principalmente, apoie uma mãe que você conhece. Às vezes, tudo que ela precisa é de um café quentinho e alguém dizendo: “tá tudo bem, você está indo muito bem”.

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