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Meu primeiro Dia das Mães

Confesso que ainda me pego pensando: meu Deus, eu sou mãe. Falo isso em voz alta, às vezes. Outras só penso baixinho, meio sem acreditar. É como se minha cabeça ainda estivesse tentando alcançar o que o coração já sabe.

Ser mãe ainda soa grande demais pra mim. A imagem que eu tinha disso era de uma mulher madura, que sabe o que está fazendo, que carrega nas costas o mundo e não se abala. E aí olho pra mim… ainda me sinto como uma adolescente, insegura, tentando entender o que está acontecendo.

Mas então a Clarinha me olha, me toca, me chama sem palavras… e tudo faz sentido.

Na prática, estou aqui sendo mãe. No instinto, no cuidado, na entrega. Mesmo que na teoria eu ainda esteja tentando me enxergar nessa função.

Nesse primeiro Dia das Mães, passei o dia com a minha família. Minha mãe estava ali. Uma mulher forte, presente, que me ensinou muito do que hoje tento passar pra Clara. Ao lado dela, outras mães que também me inspiram. Cada uma com sua história, com sua forma de amar, com suas batalhas e vitórias.

Foi um dia simples, mas cheio de significado. Recebi um “feliz Dia das Mães” e quase não acreditei que era pra mim. Mas era. Eu sou mãe. E isso ainda parece surreal.

Mas a maternidade é uma construção. Não é mágica, não é automática. Ela é feita de dias longos, noites sem dormir, choros (meus e dela), dúvidas, alegrias e muitas, muitas descobertas. Ela é feita no silêncio da madrugada e nos sorrisos que trocamos todos os dias.

Ser mãe, pra mim, é se reinventar. É aprender a lidar com tudo que sinto e com que, às vezes, nem sei nomear. É entender que não preciso ser forte o tempo todo, nem saber todas as respostas. É se perder um pouco pra se encontrar de um outro jeito. É abrir mão de muita coisa, mas ganhar um amor que não cabe em palavras. É perceber que eu e Clarinha estamos aprendendo juntas.

E sabe? Está tudo bem ainda estar me descobrindo nessa nova versão de mim.

Por isso, comemoro esse primeiro Dia das Mães com o coração cheio de amor, de dúvidas, de cansaço e, principalmente, de gratidão. Celebro todas as mães. Às mulheres que estão tentando. Às que perderam. Às que escolheram outros caminhos. Às que são mães na prática, mesmo sem carregar no ventre. E celebro também a mulher que estou me tornando, mesmo que, às vezes, eu ainda não me reconheça por inteiro.

Porque ser mãe é isso: se perder e se encontrar. Todos os dias. 

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