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Benzadeus, vou ser mãe! E agora?

Querido diário,

Hoje, me vejo diante de um turbilhão de emoções enquanto tento processar a notícia que virou minha vida de cabeça para baixo: eu vou ser mãe. Sim, você leu certo. Estou grávida. GRÁVIDA!

E, para ser sincera, estou com medo. Não, na verdade, estou apavorada. Só quem realmente me conhece deve imaginar como estou me sentindo. 

Sempre fui uma pessoa livre, navegando pelos meus próprios sonhos e desejos. Minha vida era minha, sem amarras ou responsabilidades além das que eu mesma escolhi carregar. Mas agora, de repente, estou encarando a perspectiva de trazer outra vida ao mundo, uma vida pela qual serei totalmente responsável. E benzadeus, que loucura!

Todos os meus planos, minhas aspirações e até mesmo minhas noites de sono agora parecem estar em segundo plano. E, embora eu esteja tentando me manter forte, há uma voz interior que não para de questionar: “será que consigo fazer isso sozinha? Será que serei uma boa mãe?”

E, mesmo com 28 anos, ainda me sinto como uma adolescente enfrentando uma gravidez não planejada. É como se estivesse revivendo aqueles anos de incerteza e insegurança, mesmo sabendo que já tenho idade o suficiente para encarar esse desafio como uma mulher adulta.

É estranho como a sociedade impõe padrões sobre o que significa ser um adulto. Ou pode ser apenas uma figura que criei na minha cabeça. Mas a ideia de ter um emprego estável, estar casado, ter um carro e a casa própria muitas vezes é considerada a medida do sucesso e da maturidade. E aqui estou eu, sem nenhum desses marcos tradicionais, me perguntando se tenho o que é preciso para ser uma boa mãe.

As pessoas podem ter avançado muito em termos de aceitação e compreensão, mas ainda existe um estigma em torno das mães solteiras. Sinto-me julgada antes mesmo de ter a chance de mostrar que sou capaz, que sou forte o suficiente para enfrentar esse desafio. Por isso, por hora, só compartilhei essa notícia com os meus.

Mas, apesar de todas as incertezas e inseguranças, há uma chama de esperança que queima dentro de mim. Uma vozinha que sussurra que, talvez, essa bebê seja a luz que faltava na minha vida. Que talvez eu possa ser a mãe que sempre desejei ser, mesmo que não tenha sido da maneira que planejei.

Um amigo de infância recentemente me lembrou que, de certa forma, sempre quis ser mãe. E é incrível como tudo começa a fazer sentido quando paramos para refletir.

Ainda assim, reconheço que é importante normalizar o susto e a aceitação que acompanham uma gravidez não planejada. Precisamos abrir espaço para conversas honestas sobre as diferentes jornadas da maternidade e apoiar umas às outras, independentemente das circunstâncias.

Então, enquanto continuo a enfrentar meus medos e a me preparar para as mudanças que estão por vir, prometo a mim mesma uma coisa: darei o meu melhor. 

Mesmo nos momentos de dúvida e fraqueza, encontrarei forças para seguir em frente. Porque, no final do dia, essa criança merece tudo de mim, e farei o que for preciso para garantir que ela tenha uma vida cheia de amor, apoio e felicidade.

E assim, neste momento de turbulência e transformação, eu escolho abraçar essa nova jornada com todo o meu coração. Porque, afinal, vou ser mãe e agora? Agora, simplesmente darei um passo de cada vez, com coragem, determinação e, acima de tudo, muito amor.

Com amor, 

uma mamãe em transformação.

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